exílio do tempo

habitado por josé viana

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contato: josealmeidavianajunior@gmail.com
phone: +55 (91) 992509990
belém, pará, amazônia, brasil

dica:
clique nas imagens pequenas e percorra o espaço

o ponto. esse ponto que não
dá para tocar. o ponto exato.
que marca e que divide
entre o não toque e o toque
entre o seco e o molhado
a pedra e a água
o lá e o cá.

- alguma coisa haveria de dizer



...



encontrado de si o personagem caminha pela ilha feita
toda de vestígios
indicações esperançosas
esbarra em formas de pedra há muito presentes



respira ambiências
sonha horizontes de tempo
observa as coisas
delicadezas e movimento






à natureza pergunta
qual o sentido do contorno,
a definição de que?



a natureza?
sim. não a natureza objetiva,
senão, a relação que coexiste
em si.

sobre superfícies e sonhos

fotografias e textos 2012-2017
(em edição)

silêncio e força movente
da pele que molda beleza
os sonhos

dum poço ao fundo
e a distância
longe,
nem tão longe
perto

agora
o tempo passa sobre a superfície
a matéria é movimento
desliza-se do que foi ao que será

rito de morte
anunciada aurora

o contorno
a separação
matéria ou pensamento?

palavras
objetos
máquinas

eu-paisagem
agora

ermo
parado no tempo
entre caminhos lembrados
texturas de memória

aquele estado imobilizado
onde tudo sempre será
apenas vibração

no entre
longínquo flutuante, de onde brota permanente a vida
o caminho que de espelhos era feito, tudo chamava atenção à máquina da memória
que relutava em apontar realmente para si
quando tudo poderia ser reflexo

mas os espelhos não podiam ver, aponta! diziam
a ponta de lança do animal feroz na luz da aurora